Boas Festas


... e PRÓSPERO ANO NOVO 2013.

Aniversariantes do PCB


Muitos Parabéns e as maiores felicidades!


Outubro - Teresa Xavier Anok, Flávia Silva Xavier, Nicolau Xavier, Alberto Pereira e Rita Rocha
Novembro - Rita Conceição Madaleno, Isabel do Rosário, Virgínia Badaraco Vieira, Isabel d'Andrade e Melo
Dezembro - Telma Rosa, Natércia Ferreira e Álvaro Andrade

Magusto

"No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho”
      
O Magusto é uma festa popular celebrada sempre no dia 11 de Novembro, dia de São Martinho. Este dia é uma das celebrações que marcam o Outono.

     A tradição do Dia de São Martinho é assar castanhas e beber o vinho novo ou água-pé e a jeropiga que é uma bebida doce e alcoólica preparada adicionando o aguardente ao mosto de uva para parar a fermentação e produzir o efeito final “jeropiga”.       Por norma, na altura do dia de São Martinho o tempo melhora e o sol aparece, a este acontecimento costuma-se chamar o Verão de São Martinho.         

A lenda de S. Martinho siga o link: http://www.infopedia.pt/$lenda-de-S.-martinho

Meu alegre PCB

Tendo, 
Castanhas quentes e boas Regadas com água-pé 
Um caldo verde quentinho  
E uma febra no pão 
Celebra-se o Sº Martinho  
Como manda a tradição

 A todos os PCBistas desejos de um São Martinho 2012 bem comido e bebido para afugentar tristezas e pessimismos no dia-a-dia de cada um.

António Maia

O grande prémio de Macau

O Grande Prémio de Macau é um evento internacionalmente conhecido devido às exigências do circuito urbano “Circuito da Guia”, reconhecido como o mais exigente do mundo nos meios do desporto automóvel e do motociclismo. 
O evento é sempre realizado anualmente no mês de Novembro. 
É um período que dá muita vida à cidade não só pela invasão de turistas e entusiastas da modalidade assim como dos pilotos e elementos que compõem as equipas participantes e numerosos representantes dos órgãos de comunicação social.


O primeiro “Grande Prémio de Macau” realizou-se a 30 e 31 de Outubro de 1954 e contou com 15 participantes numa prova de 51 voltas ao circuito da Guia (6,2 km) que durou quatro horas. 

O vencedor da prova inaugural foi Eddie Carvalho, tripulando um Triumph TR2, enquanto Gordon "Dinga" Bell conseguiu a volta mais rápida com 4m12s ao volante de um Morgan. 
Geralmente as corridas são realizadas ao sábado e domingo, sendo as principais corridas no último dia do programa (Domingo). 
Actualmente, as 3 principais corridas são: 
1. Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – 15 voltas 
2. Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Corrida da Guia de Macau – 2 corridas de 9 voltas com 15 minutos de intervalo 
3. Grande Prémio de Motos de Macau – 15 voltas

As Corridas de Suporte: 
1. Taça GT Macau – 12 voltas
2. Taça de Carros de Turismo de Macau – 12 voltas 
3. Macau Road Sport Challenge – 10 voltas 
4. Corrida de Interport MAC/HK – 10 voltas O Circuito da Guia tem 6,2 km de extensão e 7m de largura mínima e é um circuito urbano com curvas sinuosas, como a curva da Melco. 
Para mais informações sobre o Grande Prémio de Macau siga o link: http://www.macau.grandprix.gov.mo/app/home/gp59/pt



                                                                        * foto do circuito da Guia tirada da wikipédia

Relíquias - Hit Parades


Lembram-se dos livrinhos: HIT PARADE – HIT SONGS – O.K. HITS ?


São livros com notas musicais e letras das canções daquela época.


A publicação destes livros deve ter terminado em meados de 70. 

Esta colecção de aproximadamente 100 livros pertencia ao Cândido Jorge Kuan que desde 1960 andava a coleccioná-los e só os comprava quando podia.

O Cândido para poder completar a colecção adquiria-os em livrarias que os vendiam em 2ª mão.

Uma paródia à proibição do fumo em Macau

Dóci vai rua - Fumâ sem multa!

Filme de terror "ONÇONG"

A Identidade Macaense

Ainda a propósito de um colóquio
(in Ponto Final, 16.11.2012)

Há duas semanas atrás realizou-se o Colóquio sobre a Identidade Macaense, onde se procurou discutir sobre várias questões relacionadas com esta temática, sempre tão controversa e de resultados tão aquém do desejado. Como responsável da organização do evento tenho que agradecer a todos quantos tenham participado, quer como oradores, quer como intervenientes da plateia. Na verdade a simples presença das pessoas, em si já se revestia de uma importância considerável.


Consciente das limitações inerentes a esta iniciativa, não podia ficar mais satisfeito com a boa participação das pessoas, embora tenha que dar razão a todos que consideraram pouco: afinal, apenas se cheirou a nata, mas não se saboreou o bacalhau como se devia. Mas ainda bem, pois aguçou-se o apetite para mais, que oportunamente será correspondido.


O tema não era fácil e quatro horas não era tempo suficiente para abarcá-lo na sua plenitude. Depois, sem embargo da surpreendente espontaneidade da assistência, nem todos estavam sintonizados a debatê-lo com o mesmo grau de sensibilidade. Afinal, era a primeira vez que se organizava uma coisa destas.


Tal como já era previsto, a questão do “quem somos nós” continua tão aberta como no início.


Não quis fazer nenhuma intervenção a este respeito, uma vez que não me pareceu correcto um moderador extravasar os limites das suas funções. Contudo gostaria de compartilhar com todos algumas ideias.

A velha pergunta que todos fazem sobre o que seja Macaense, envolve uma resposta tão difícil quanto o pretender saber o que seja um português, um inglês, um judeu, um cigano… Tudo porque o que está em causa é uma noção cultural. Se o português não se resume aos Descobrimentos, Camões, Saramago, Fado e Cristiano Ronaldo, o Macaense não é apenas minchi, mestiço trilingue e Patuá.
O ponto de partida nesta busca da sua identidade, é sempre o Macaense inserido na sua Comunidade. Não podia ser de outra forma. Não vou discutir os critérios propostos por pessoas que já escreveram sobre essa questão. Mas para mim, três elementos básicos devem existir para que estejamos perante um Macaense.
O primeiro diz respeito ao seu apego a Macau. Uma ligação sentimental que resulta quer do seu nascimento, quer do dos seus antepassados, quer ainda da sua vivência em Macau por um tempo ou intensidade suficiente, que o leve a sentir que pertence a esta terra. Macau sempre terá presença na sua mente, por mais longe que ele possa encontrar-se.
O segundo, mais controverso, concerne à sua ligação a um mundo cultural, com todas as vicissitudes, nuances e idiossincrasias, consoante os lugares onde ele possa abarcar. A ligação em causa ultrapassa a mera noção jurídica de nacionalidade, e vai para além de uma simples referência geográfica da Península Ibérica. Talvez a melhor palavra para designar isso seja mesmo “Portugalidade”, para assim abranger todo um espaço cultural muito maior do que o enclave ibérico pode representar.
O Macaense pertence assim a Macau, com todas as características humanas e culturais, compromissos e contradições, através da qual vive a portugalidade.
E deste caldo resulta um terceiro: a empatia especial que segura a comunidade, aquilo que dá o “chiste” ao que mais profundamente é nosso. É essa empatia que faz com que todos, falando línguas diferentes, nos comuniquemos numa mesma linguagem, com um comum código de valores e de crenças. A esta empatia designamos comummente de “Malta”.
Não espanta assim que o Macaense possa nascer fora de Macau. Nem que a Diáspora Macaense viva a sua terra com grande intensidade mesmo estando longe dela.
Por outro lado, não admira que muitos vivam em Macau há várias décadas e não são considerados Macaenses. Talvez porque nunca se deram ao trabalho de comungar desta empatia, de despirem das suas origens e aceitarem a Comunidade tal qual como ela é, com todos as suas virtudes e defeitos. Comunidade essa que, ao contrário do que muitos crêem, nunca fechou as suas portas a ninguém.

*Advogado e Presidente da Associação dos Macaenses.
                                                                                               Miguel de Senna Fernandes

A barraca de banho

Quando eu tinha os meus 12 ou 13 anos, por razões que não interessam agora explicar, tive de viver algum tempo em casa de uma das minhas Tias, que nessa altura, vivia numa das casas antigas pertencentes à Santa Casa da Misericórdia, sita na Travessa com o mesmo nome. Era um pequeno bairro com uma curta ladeira, ladeada de casarios, considerados habitações de classe média, de dois andares, com tectos altos e janelas rasgadas, paredes grossas e portas de madeira, tão grossas que mais pareciam as portas de um mosteiro!
Vivia com a minha irmã menor e andava a estudar no Seminário de S. José.

O Verão, era para nós, um período misto entre a alegria e o tédio... a alegria, como acontece a todos os miúdos da nossa idade, era devido ao facto de, por estarmos de férias, não haver necessidade de ir à Escola... “Não ter de estudar!... que maravilha”. Mas... depois da primeira ou da segunda semana, caiamos no aborrecimento, pois passávamos todos os dias na mesma e sentíamos a falta dos nossos amigos...

Só com a vinda da epóca balnear é que a nossa “sorte” mudava.

Naqueles tempos, eu tinha uma Tia muito simpática e generosa... todos os anos mandava construir uma barraca de bambú na Zona do Porto Exterior, do lado oposto ao Reservatório, num espaço onde o Leal Senado de Macau, anualmente, durante o período das férias do Verão, permitia a construção de uma série de barracas de bambú destinadas aqueles que lá quizessem passar umas horas agradáveis junto do mar. Findo o período das férias as barracas eram desmontadas.


Era uma zona segura, protegida por vários quebra-mares e destinava-se ao abrigo de pequenas embarcações durante a passagem de tufões.


Havia um grande barracão no meio, habitualmente pertencente a uma Associação que fazia a gestão daquele espaço de lazer, e em ambos os lados desse barracão, pessoas particulares mandavam construir a sua própria barraca - mediante o pagamento do respectivo preço - formando as barracas um grande rectângulo, no meio do qual era uma zona aberta onde os utentes podiam nadar.

O barracão “central” dispunha de WCs e pequenos balcões para a venda de comes e bebes: bolos, pão, fruta, min (naqueles tempos, ainda não havia Kong Chai Min – Doll Noodles) e bebidas como café e chá, além de gasosas como a Coca-cola, Green Spot, Seven Up. Porém, para nós, as gasosas mais acessíveis e por conseguinte, mais populares eram as da marca Ásia por serem mais baratinha e haver uma grande variedade. Também havia o delicioso Süt tiu (sorvete), de sabores variados.


As barracas, habitualmente de forma rectangular, tinham tamanhos variados, consoante o seu preço. A nossa tinha um tamanho médio, onde se podia acomodar mais de 12 pessoas. Era constituida por uma sala com janelas, uma casa de banho e varanda... da varanda havia uma rede para pesca e uma pequena escada de onde se descia para ir tomar banho nas águas do mar.


Quando a maré não estava muito favorável, a rapaziada ia para a zona do quebra-mar, mesmo ao lado, para apanhar pequenos caranguejos e colher “ostras” coladas às rochas ou então inventava-se qualquer outra brincadeira...

Esse era o nosso paraíso e todas as semanas, aos Domingos, “rezávamos” para que nos convidassem e estavamos devidamente preparados. Habitualmente iamos num autocarro, que a respectiva Companhia destinava exclusivamente àquela zona.

No mês de Junho calhava o festejo do dia de S. João...

Para não ter de puxar mais à cabecinha, vou aqui reproduzir uma pequena parte – melhorada - de um artigo que subscrevi, há tempos, ao Portal do PCB, a propósito das celebrações do Dia de S. João e o dia da Cidade.

DIA DE S. JOÃO


O Dia de S. João, para mim, quando eu tinha os meus 12 ou 13 anos, era uma data especial! Era o dia em que uma grande parte da família se iria juntar e passar o dia todo nas barracas de banho, no Porto Exterior, onde uma das minhas Tias teve a bela ideia de mandar construir uma, para ser utilizada durante toda a época balnear.


A minha alegria era enorme, pois iria encontrar, não só, todos os meus irmãos, mas também com muitos primos, tios, alguns vindos de Hong Kong, e amigos!

Logo de manhã, os garotos e os jovens já estavam todos a postos, cada um com o seu fardo para carregar: Uns levavam esteiras, toalhas e bóias, outros garrafões de água, sacos de pães e fruta! As tias preparavam a comida para o almoço e o jantar: costeletas panadas (bife pó de bolacho), porco bafassá, capela, costeletas fritas, etc., para o almoço e normalmente era arroz carregado com porco balichão tamarino para o jantar... e muita fruta: uvas, melâncias, bananas e até ananáses mergulhado em vinho tinto!

Nesse dia, o céu apresentava-se habitualmente azul e limpo, com o sol brilhante e mar sereno.

Na “nossa” barraca de banho, enquanto os adultos jogavam mah-jong ou passava o tempo em animada cavaqueira, os pequenos e os não-tão-pequenos punham logo os respectivos calções e fatos de banhos e divirtiam-se, ruidosa e alegremente, na água do mar. Curiosamente, nesse dia, até a água do mar era mais limpa e transparente.

Ao meio-dia era a hora do almoço e havia sempre uma diligente Tia que, mais parecendo o Sargento do Dia, ia “tocar” para o almoço... e todos, sem excepção, acorriam para dentro da barraca, cada um assumindo o seu posto no respectivo “pecking order” para receber o seu almoço... toda a gente faminta!

Seguidamente, era um pequeno intervalo para descansar e fazer digestão... ninguém tocava na água depois do almoço... a garotada toda tinha de tirar uma “siesta” enquanto que os velhos continuavam as suas conversas.

Acordávamos cerca das 15:30 e lá retornávamos as nossas brincadeiras, já que tínhamos as “baterias” recarregadas!

Depois, lá para o fim da tarde, cerca das 18:00 horas, todos os presentes reuniam novamente na sala da barraca para saborear o jantar especial do Dia de S. João, o belo arroz carregado com balechão tamarinho, preparado por verdadeiras mãos de mestre... uma maravilha, como diria o meu cunhado!

Findo o jantar, todos dão uma mãozinha na limpeza e arrumação da barraca. A louça lava-se em casa, uma vez que não havia água canalizada.

Com muita pena, então, chegava a hora da despedida e, no meio de abraços e beijos, todos mostram-se cansados, mas felizes, fazendo votos para que a reunião se repita com maior frequência.
 

Fausto Manhão

Quando me emigrei para o Canadá

Mal o avião aterrou em Toronto, levantei-me com toda a pressa para retirar as bagagens do cacifo e pronta a lutar “às cotoveladas e pontapés” como fui obrigada a fazer em Hong Kong, quando reparei que todos em meu redor se mantinham sentados e ainda com os cintos de segurança e a olharem para mim com cara de espanto. Aia...gafe.

Com 4 estações num ano tivemos de chegar em pleno inverno, uns dias antes do Natal de ‘89 para termos a família reunida nesta quadra festiva. Quem chega de Macau e depara com um nevão .... assusta-se de tal maneira que a primeira coisa que deseja comprar é um capote grande e comprido até aos tornozelos (alvo de troça dos meus filhos).

Canada é mesmo um país frio; ainda bem que trouxe comigo roupa interior e chapéu de BOA LÃ SHETLAND!!! Da melhor qualidade e quentinha. Tão quentinha que quando da primeira vez fomos visitar um Centro Comercial após 2 minutos, tive um ataque de comichões de cabeça aos pés e tive de correr à casa de banho para despir toda a roupa interior

Aconselharam-me que a melhor maneira para conhecer a cidade seria utilizar os transportes públicos. Portanto, agasalhei-me com o meu capote enorme e fui apanhar o autocarro, sem saber que em cada paragem existe um # de telefone para os utentes confirmarem a hora exacta da passagem do autocarro naquela paragem. Sem saber desse pormenor fiquei ao relento à espera do A-18º, fiquei até o nariz a correr e os dentes a bater e aprendi desde então a telefonar sempre antes de sair.

Finalmente, eu e o meu capotão subimos sem tropeçar. Ao chegar ao destino, assinalo e à saída fico a olhar para o condutor e ele para mim...”Are you getting off, lady?” perguntou-me ele. “The door is not opened, ” digo-lhe eu. “It’s automatic, you have to step down for the door to open”. “Oh”, respondo. Outra gafe...

Certo dia, estava com preguiça de cozinhar e os meus filhos queriam hamburger e a experiência do “Drive Through”. Lá fomos: a famelga toda no “van” ao McDonald’s. Seguindo a fila de carros do “drive through”, observei como é que se faziam as encomendas. Cada carro parava em frente dum grande cartaz com o menu e as pessoas falavam para uma “caixa”??? Quando chegou a nossa vez, aproximei-me mais ou menos ao mesmo local e, já decididos do que queríamos ordenar, comecei a berrar para o caixote a nossa encomenda e nada....Repeti a ordem ao caixote … e nada!

O meu filho, sentado atrás de mim, começou a rir às gargalhadas, dizendo “Mom, estás a berrar para o caixote de lixo”. Que enxovalhada fiquei! Aia Outra!!!! Faltavam ainda uns passos para chegar ao microfone.

Em meados de Janeiro, tivemos uns dias “mais quentinhos”. Durante o dia a neve começava a derreter-se. Porém, numa noite o vento frio do Norte soprou forte e acordámos com uma paisagem lindíssima: as paredes e os telhados das casas, o pavimento, a relva e galhos das árvores encapados de gelo. Como fazia sol, tudo brilhava! Pus o meu capotão e saí para apreciar de perto este mundo de fantasia. Abri a porta e tudo o que vi foi o pavimento de perto. Muito de perto. O chão, as paredes, a relva, a passadeira, tudo estava encapado de gelo escorregadiço e eu não tinha nada à mão para me evitar um grande trambolhão.

Talvez o perigo do trambolhão tivesse suscitado em mim uma ideia genial: fui ferver água num panelão e despejei-a na entrada da casa para derreter o gelo. “Grande Asneira”! Uma temperatura inferior a 30º negativos, tudo o que consegui foi uma capa de gel
o ainda mais grossa. “Suspiro”! Para a estupidez não há cura, né?

Fui assim aprendendo ao longo dos anos a viver numa terra tão diferente da minha. Não foi fácil, pois tive de regressar à escola para reaprender as regras e legalismos da contabilidade canadiana. Graças a Deus, consegui singrar-me na sociedade canadiana. Gostei e continuo a gostar desta bendita nação.

Alice Costa

Rir é o melhor remédio

Num restaurante chinês nos anos 70: 

Cliente maquista - uhm kói, ngó ói lôu-fu tón, yat tip chám-chám-hah 
 Empregado - uhm chi, môu lôu fu tóng! (não sei, não há caldo de tigre) Chám-chám-hah? Hông-lôk-tan?(pisca-pisca? Semáforo?) 
 O que o Cliente maquista queria era o caldo do DIA (lôu-fó tón) e um prato com carnes assadas e partidas (chá siu, siu iok, etc).

Os jogos da nossa infância





Recordâ sã vivê

Na edição Setembro de Recorda sã Vivê iou já iscrevê qui já mudá vâi Bairro Governador Albano Oliveira (Mong Há), na istunga edição iou vêm papiá cuza fazê na istunga casa e cuza já ólã. 

Na casa de frente de varanda de nosotro sa casa têm vivo unga tiro grándi de puliça e su siára, siára trabalá na Siviço de Educação tamêm sã tiro grándi, unga dia já intrá na jardim de casa quánto quiança quiança china já arrancá fula e brincá, siára vêm fóra chomá tenção já botá fóra.

Iou já iscutá istunga conversa de português pa china agora sentí qui l’otro non pódi intendê, sã como china papiá galinha papiá com áde.

Passado quánto dia quiança quiança ta volta pa istunga casa, siára goelá pa botá fóra, quiança azinha vâi e lôgo vêm más azinha qui vâi, siára réva já chomá puliça.

Puliça azinha chegá, sã quatro puliça vêm co unga jeep, corrê atrás de quiança, lôgo prendê ia, passado quánto dia j’ôlá quiança vêm, passá na dianteira de istunga casa sã nádi intrá más ia.

Na lado de casa qui iou tem vivo, têm más unga casa, igual, dôs casa sã de sium Lam Vong, unga têm cor verde úndi iou têm vivo e otra cor de rosa.

Na riva de casa cor de rosa tem unga fábrica de ropa, patrão de istuga fábrica sã um siúm qui chomá Filipe, istunga siúm tem unga carréta qui non têm toldo, de cor branco, sã MG, istunga fábrica sã fazê roupa qui mandâ vâi estrangeiro.

L’otro pa fazê su roupa roupa sã têm qui corta pano pano, na áno 1962 sã ui de moderno istunga fábrica, já corta pano co máquina eléctrico já cozê co máquina de costura eléctrico, fazê ui de tánto barulo, trablá pramicedo, atarde e anote chegá onze hora fóra, iou co iou sa irmão sa quarto têm justamente na lado de fábrica, anote luz de fábrica fórti de morrê, juntado co barulo nosotro nom pódi durmí.

Na gudám de casa cor de rosa tem unga fábrica de tecê co máquina, já fazê roupa roupa de lã, sã fazê unga pano de lã comprido qui comprido, pano de lã juntado logo cozê pa fazê camisola de lã, hómi hómi sã tecê co máquina, siára cosê co lã quando tudo juntado pa fazê camisola, tudo bem fêto já botá na saco plástico e na caixa caixa de papelão, assi mandá vâi estrageiro.

Na gudám de casa úndi iou tem vivo sã unga fábrica de bordado, patrão de fábrica tem vivo na su fábrica co su siára.

Fábrica de bordado siviço sã começá cedo 8H00, chega meio dia sã hora de comê arroz, tudo gente de fábrica sã comê no logar úndi trabalá, botá pano pa bordá pa unga canto logo comê ancuza qui já trazê vêm, logo cavá comê, azinha voltá pa su logar fazê trabálo até atarde seis hora, si tem más trabálo lôgo fazê até anoite.

Tudo bordado bordado sã têm qui vâi na dôs bacia de madeira co águ ui di quente pa lavá, logo ficá seco sã têm qui passá ferro depois de ferro passado dessá ficá frio sã botá na saco plástico fino, tudo juntado sã botá na caixa grándi de madeira, caixa sã ficá fichado co prego e cinta de aço, tudo bem bêto, vem carréta grándi co quánto cúli já cartá vâi pa levá vâi estrangeiro.

Co tánto bafo de áde, papiá vâi papiá vêm iou nádi lembrá qui tem qui botá nómi de rua que tem, fábrica na casa cor de rosa sa têm na Avenida Coronel Mesquita e fábrica úndi iou tem vivo na riva têm na cruzamento de Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida (Hó Lám Ün Cheng kai Mei) co Avenida Coronel Mesquita.

Na logar de edifício azul quelóra têm casa verde qui iou já ficá, no silo Pak Vai quelóra sã casa de tiro grándi.

Agora, déssa iou botá unga foto de Avenida Coronel Mesquita, iou têm somente foto de tempo de agora, na logar úndi tem Edificio Coutinho quelóra sã Qartel de Mong Há, depois ficá logar para exame de conduzi carréta, iou já tirá iou sa carta de condução na istunga vanda, na su lado Templo de Deusa de Misericórdia logar úndi já assiná quánto tratado importante, istunga templo tudo gente chomá Kum Ian Tóng, su móni de verdade sã Pou Châi Sin Ün.

Instunga foto sã cruzamento de Avenida Coronel Mesquita co Rua Francisco Xavier Pereira.

Edifício grándi que têm na direito sã St. Infância.

Logar úndi tem Qartel Mong Há co fábrica de cor de rosa têm gente fazê corda, já enrola co máquina qui trabalá co fórça qui sâi de mão, fio fio enrolado ficá grosso qui sã corda (ma seng).

Mais lembrá, tudo dia três quatro hora vêm um siúm qui trazê unga grándi porco qui andá na Avenida Coronel Mesquita ta vâi pa vanda de reservatário de águ, porco grándi vem amarrado na piscoço co unga corrente de ferro, siúm vestido de ropa china co sapato china de sombrêlo aberto na mán, quiança quiança que vêm co su mãe pa fábrica já papiá qui chü kong já chegá ia.

Também têm ancuza qui iou nádi querê recordã quasi tudo dia ólâ gente churá, istunga casa tem na dianteira de cemitério de Nossa Senhora de Piedade, sã têm tudo dia funeral de gente, chegá um hora, hora de comê arroz, logo uví som de apito, banda de funeral china já tocá pa despedí morto, tudo dia tem dôs três funeral china chéga lôgo vêm otro, longi longi unga vez, quatro hora pódi vem dôs china cartá unga caixão feio qui feio, somente de tábua nádi tem pintado, vêm cartado co um tám cón e unga corda, sã indigente, cinco hora fóra vêm funeral católico, sã tudo ancuza qui iou nádi gostá de ólâ.

Sã primeira vez qui ólâ bandeira de Portugal qui ficá mea haste, sã luto pa Papa João XXIII (Angelo Roncalli), já ólâ na janela de quarto pa farol de guia úndi têm bandeira.

Já vâi brincá pa casa de iou sa Tio José qui tem su casa dentro de cemitério, logar úndi ele trabalá, sã fiel, Tio já leva nosotro vâi Jardim Montanha Russa.

Bom sã tempo de Natal, iou deseja tudo gente Bom Natal e Bom Ano.



Texto e foto de Filipe Rosário

Bem-estar

Depressão e exercício físico ..
Independentemente do estágio da depressão, com excepção da profunda, os doentes beneficiam do exercício físico.
Mesmo nos doentes em tratamento medicamentoso e psicoterapia. O único senão é a motivação. Daí, cabe-nos também a nós "dar uma mãozinha" a alguém nesta situação.
Durante o exercício físico, libertam-se neurotransmissores da "felicidade", que minimizam os sintomas da depressão.
Outra achega sobre actividades não convencionais: Um estudo feito pela Universidade de Coimbra, em que foi receitada, cerca de 1 hora/dia, de Facebook aos doentes, constatou-se que houve melhoria dos sintomas, e cerca de 80% diminuíram a dose de medicação.
Pessoas com hábitos de actividade física têm menos tendência para a depressão. E quando se deprimem, saem também mais rápido deste estado.
Por isso, amigos, toquem a mexer-se. Façam o que lhes der mais prazer, mas mexam-se!!!

Sabias que...

http://www.consulteodermatologista.com/aPele.aspx
      
Sabias que a pele é o maior órgão do corpo humano. Mede quase 2 m2 e pesa aproximadamente 4 kg.
     É um órgão essencial para a sobrevivência humana já que actua como barreira protectora contra agentes do meio ambiente como bactérias ou vírus, sendo também responsável por funções essenciais como a regulação térmica ou as funções sensoriais (tacto, pressão, frio, calor, dor ...). A pele tem ainda uma função excretora de substâncias que necessitam de ser eliminadas pelo organismo.

As receitas da Ti Mari

RECEITAS DE BOLINHOLAS  

21 
DOCE AMANTE 
12 taeis de pinhão, 6 taeis de trate 1 pão de 2 conderins, 1 coco, 4 taeis de amendôa, um pouco de manteguilha 1 catte e ½ de assucar, depois de cozido abrir com 14 gemas de ovos, senti muito ralo pode mingua ponha pouco paça encanela rosto. 

22 
PASTELINHA DE NATA 6 taeis de assucar, 14 gemas de ovos 3 taeis de pinhão, menos ¼ de coco, amendôa pouco, 2 chupas de leite, ½ catte de farinha para fazer casca. 

23 
CARNATION ICE CREAM 4 cups Carnation milk 1 ½ cups sugar 1 cup water 1 ½ tablespoons vanilla Carnation milk is always ideal for making ice creams of any sort, because of its purity and richores . Eggs are not needed. For a plain vanilla ice cream, mix the sugar and a cup of the Carnation milk together and let come to a simmering point, cook for fives minutes in this manner, remove from fire; When cool, add remainder of the milk and water, and the vanilla,. Freeze. This will make about a quart and a half. Serve with strawberries or other fruit.

Observações: CATTE - 1 cate corresponde a 604,8 gramas. 1 cate tem 16 taeis e 1 tael equivale a 37,8g.

Receitas da TI Mari - Livro manuscrito no século 19, (com 138 anos) oferecido gentilmente pelos Confrades Florita Morais Alves e Victor Morais Alves, à Confraria da Gastronomia Macaense, da autoria da Senhora D. Francisca Alvez dos Remédios (Ti Mari).

Nota: As receitas aqui expostas são exactamente as que estão escritas nos apontamentos da senhora D. Francisca dos Remédios. Quanto à confecção das mesmas fica ao critério de cada um. Vá lá, puxem pela imaginação e cozinhem com paixão e não se esqueçam de nos informar dos resultados obtidos, combinado?

Porco balichão tamarinho com arroz carregado

Há, nos restaurantes indonésios, um prato chamado “Lonton-tiap nó mai”, que consiste de rodelas de arroz carregado, coberto com talhadas de carnes (galinha, vaca, porco, etc.), cada qual com o seu molho especial, muito picante, por cima. É muito superior ao nosso arroz. Trata-se de uma adaptação simplificada, que aqui chegou via Timor.

Receita

Lava-se uma libra de arroz e corta-se uma boa porção de cebola verde.
Refoga-se num tacho, com banha a ferver, cebola cortada, sal e pimenta; depois de algum tempo junta-se o arroz e dão-se algumas voltas com a colher, juntando a seguir a água necessária. Logo que comece a ferver, vai-se moderando o lume.
Quando estiver bem cozido, deita-se numa travessa oval, carregando com uma espátula, e pinta-se com banha o rosto do arroz. Come-se com porco balichão tamarinho, que se prepara deste modo:

Uma libra de carne de porco, cortada em pedaços e temperada com sal, pimenta, e sutate “Sam Chau”.
Deita-se banha numa tigela, a seguir, uma colher de balichão, e, finalmente, os bocados de porco que devem ser antes cozidos; ao levantar fervura, e quando começar a ficar cozido, junta-se ¼ de chávena de tamarinho que tenha sido molhado previamente, se se juntar o tamarinho logo no começo, o porco ficará duro como uma pedra. Antes de se retirar do lume o cozinhado, é necessário juntar uma colher de jagra ralada.
Esta porção chega para duas pessoas.

Esta receita foi tirada da Semana Gastronómica Macaense, realizada em Março de 1983, em Macau, e coordenada pelas chefes de cozinha D. Aida Jesus e D. Alice Pinto Marques.

Cortesia de Carlos da Silva Manhão

Os sabores do Mundo


Como estamos na época natalícia, vou falar um pouco sobre as guloseimas do
natal.
 A doçaria portuguesa é muito rica, quer seja conventual, da pastelaria ou caseira, do norte a sul de Portugal e espalhada pela Diáspora.

As famílias portuguesas costumam reunir-se nos dia 24 e 25 de Dezembro.

Na minha família costumamos consoar, em casa de um de nós, e depois do jantar trocamos lembranças entre miúdos e graúdos.
As sobremesas são sempre muito gulosas, vejamos:

Temos os “mexidos” feitos pela minha Mãe, cuja receita veio da bisavó e ninguém os faz como ela. Há quem lhe chame “formigos”, o que é o mesmo. É um doce tradicional português (foto 1).

Outro doce feito pela minha Mãe é o “toucinho do céu” que leva 18 gemas, amêndoa moída e açúcar. É divinal, conventual e tipicamente português (foto 2).


Temos também as “fatias douradas”, especialidade da minha irmã, que nunca falta na mesa (foto 3)

Os cuscorões também fazem parte das nossas sobremesas doces (foto 4).


Sobre a mesa, há ainda as “azevias” (foto 5) que podem ser recheadas de batata doce ou grão, os “sonhos de abóbora”, as “broas castelar” ou de mel, a “lampreia de ovos”, (foto 6) e para finalizar o “bolo rei” (foto 7).

Ainda há pouco tempo o “bolo rei” trazia uma fava e um presentinho. O presentinho era uma miniatura de qualquer coisa, devidamente embrulhado e enfiado na massa do bolo. Guardo uma colecção de miniaturas de imagens do presépio.
A tradição mandava que a quem saísse a fava ficava obrigado 
a oferecer um bolo até ao dia de reis ou seja até 6 de Janeiro. Mas, com a adesão de Portugal à europa, quer a fava quer o presentinho foram retirados do bolo para ninguém se engasgar ou ir até ao hospital. A tradição continua, mas sem as surpresas dentro do bolo que fazia as delícias de todos nós.

O “bolo rei” actualmente tem por companhia o “bolo rainha”. A diferença está que o “bolo rainha” apenas leva pinhões e amêndoas, enquanto o “bolo rei” leva diferentes frutos cristalizados e é muito colorido! “Comizaina ui di sábroso” !!!
A todos desejo um Doce Natal e um Feliz Ano Novo!

Horóscopo - O Ano da Serpente

O Ano da Serpente (2013)

http://www.zastros.com.br/previsoes/2013/astrologia-chinesa-2013-ano-da-serpente.html

O Ano da Serpente é considerado um símbolo de boa sorte na China. 
É o ano que trará amor e sabedoria, mas pede calma, reflexão e planeamento. 

Segundo a astrologia chinesa, o ano novo só se inicia a 13 de Fevereiro, pois baseia-se no calendário lunar, que dura doze meses e 29 dias, e não no calendário solar, usado aqui no ocidente e nosso velho conhecido. 

Cada ano lunar é regido por um signo, representado por um animal que empresta suas características aquele ano. Mas, não pense que isso se refere a algo pesado ou difícil. 

A Serpente carrega consigo um aspecto positivo, de muita sorte. Para os chineses este é um animal sagrado! Será um ano em que nos sentiremos protegidos por nossa própria sabedoria. 

Por outro lado, embora tudo possa ter um ar fresco e calmo, o ano da serpente costuma ser sempre imprevisível. Olhando para trás na história, vemos que anos regidos pela serpente nunca são muito tranquilos. 

Muitos desastres que se iniciaram no ano do dragão (2012) tendem a culminar no ano da serpente. Estes dois signos têm uma relação muito próxima e as calamidades dos anos da serpente resultam, frequentemente, dos excessos cometidos durante o reinado dos dragões. 

 No amor, as notícias são boas. Para quem está solteiro, a Serpente promete trazer um ano de romance. 

Para quem está comprometido, as brigas podem ser mais intensas. 

As pessoas nascidas no Ano da Serpente são consideradas nobres dentro da Astrologia Chinesa. 

Tudo devido a sua sabedoria e capacidade de compreensão. 

São extremamente sensuais, supersticiosas, orgulhosas e vaidosas, além de muito refinadas.

Bom regresso de Férias



 Esperamos que as vossas férias tenham sido muito divertidas e as forças retemperadas.

Desejamos a todos a continuação de um bom ano de trabalho.

Boa leitura

Aniversariantes do PCB

Muitos Parabéns e as maiores felicidades!

Julho - Fausto Manhão
Agosto - José Manuel Silva, Rigoberto do Rosário, Manuel Ferraz e Isabel Machado
Setembro - Maria João Santos Ferreira, Edith Lopes e Filipe do Rosário

Felicitações

Há bem pouco tempo felicitávamos os nossos amigos pela chegada da "cegonha". Agora felicitamos os nossos amigos pela chegada dos "avós"!!!
Parabéns, Flávia & Nico, Zinha & Joel pelos netinhos que vieram alegrar as vossas vidas! Aos bébés, papás e restante família desejamos muitas felicidades e longa vida!