Talú, jogo viril, só para rapazes.
Lembram-se de quantas goiabeiras mutilaram para fazerem os tók kêg (tacos) e os bastões do talú? O talú é jogado por rapazes, utilizando um tók kêg mais ou menos cilíndrico com cerca de 10 cm de comprimento, com as pontas afiadas e um bastão mais grosso com cerca de meio metro.
O jogador que vai iniciar o jogo, utiliza o bastão como alavanca introduzido na cova por baixo do taco e atira-o com toda a força em direcção ao grupo adversário, cujos elementos tentarão apanhá-lo no ar. Esta jogada é realizada com o jogador de cócoras e por vezes de costas voltadas para a cova em posições acrobáticas, cheias de estilo. Se um dos adversários conseguir apanhar o tók kêg com as duas mãos, soma 50 pontos, com a mão direita soma 100 pontos, em qualquer dos casos o atirador é eliminado e deixa de jogar, cedendo o lugar ao seguinte do mesmo grupo. Se conseguir apanhar o tók kêg com a mão esquerda, soma 200 pontos e todo o grupo do atirador é eliminado. (Percebem agora porque os esquerdinos eram tão cobiçados?)

O jogo recomeça com o jogador seguinte do mesmo grupo e só termina quando se atinge o número de pontos previamente combinado, geralmente 1000 pontos.
Aqui têm as regras deste jogo, que variam de bairro para bairro, mas em todos eles o Talú foi responsável por muitos vidros partidos e cabeças rachadas.
Texto elaborado com a colaboração de Orlando e Alfredo Badaraco, exímios jogadores de Tálu, no Bairro da Rua da Esperança. (Tap Siac)
1 comentário:
Como eu gosto do pópó-txé vermelho e da sua condutora!
Interessante este jogo que eu desconhecia. "Aprender até morrer" é bem certo este ditado.Bjs
Isabel MAchado
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