Este simpático grupo de amigos foi recebido no restaurante “Delícias de Goa”, em Dezembro de 2014, pelo seu anfitrião o Senhor José da Paula Rodrigues, para o convívio natalício.
É muito curioso ouvir o Sr.José contar histórias de Goa. Ele conta que foi impedido (soldado que estava ao serviço de um oficial) do último governador de Goa, General Manuel António Vassalo e Silva, já falecido, e que esteve prisioneiro de guerra juntamente com todos os outros militares quando se deu a ocupação de Goa pelas forças armadas indianas em 1961.
Aproveito para relembrar um pouco da história recente das três colónias portuguesas na Índia: Goa, Damão e Diu.
De 18 para 19 de Dezembro de 1961 uma intervenção militar das forças armadas indianas, feita por terra, ar e mar, constituida por 40.000 soldados, 50 caças bombardeiros, um porta-avião, um cruzador, três contra-tropedeiro e quatro fragatas, conquistou Goa em 36 horas.
O exército português era constituido por cerca de 3.500 homens e a marinha por um aviso e três lanchas de fiscalização.
Ora com tão grande desvantagem e tão mal armados os portugueses ofereceram pouca resistência e foram feitos prisioneiros de guerra. Estiveram detidos cerca de cinco meses repartidos em dois campos de prisioneiros o de Alporqueiros e o de Ponda.
Por parte dos portugueses houve 31 mortos, 57 feridos e havia 3.306 prisioneiros de guerra. Por parte dos indianos houve 34 mortos e 51 feridos.
Na época Portugal tinha um governo de ditadura sendo primeiro ministro, António de Oliveira Salazar, que recusou dar a independência às três colónias na Índia. O lider indiano, Jawaharlal Nehru decidiu acabar com a teimosia do Salazar invadindo os territórios. Só em 1974, com a Revolução de Abril, Portugal reconheceu a acção da Índia.
Assim terminou o domínio Português de mais de 450 anos em Goa, Damão e Diu.
Mas a gastronomia goesa essa perdura e no “Delícias de Goa” vamos encontrar pratos goeses de influência portuguesa adaptados ao longo dos 450 anos que a todos recomendamos.
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